Bem, não exactamente sessão dupla, mas sim dois filmes num fim-de-semana o que para mim é uma extravagância enorme! :)
No sábado fui ver o Último Samurai que é exactamente o tipo de filme que se esperava.
Um filme de um herói americano passado num ambiente diferente e com cenas realmente interessantes, incluindo as de batalha. É um filme engraçado de se ver.
No domingo lá fui ver o Sorriso de Mona Lisa.
Bom… Há filmes ligeiros, sobretudo comédias românticas que, apesar de não serem profundos nem terem propriamente grandes mensagens por trás são bastante engraçados e divertem bastante. São os “filminhos da treta” que gosto bastante de ver pelo puro factor de divertimento. E aplico o termo “filminhos da treta” com todo o apreço que tenho por eles, não é um termo depreciativo nem por sombras.
Depois há os filmes sérios, com uma mensagem ou uma história profunda e importante que passam uma mensagem e que muitas vezes são bastante pesados. Estes também são filmes que costumo gostar de ver.
E depois há as coisas como o Mona Lisa Smile…
Acho que o que me irrita mais neste filme é que ele não tem uma história coesa e interessante o suficiente para ser um bom “filminho da treta” mas tem claramente pretensões de ser um filme “sério”. E falha redondamente!
Agora que o vi nem consigo pensar o que terá passado pela cabeça dos críticos que o consideraram um Clube dos Poetas Mortos no feminino. Sim claro, temos de dar um desconto, afinal são críticos de cinema, mas mesmo assim?!?
As personagens são todas apresentadas pela rama, mesmo as principais, a história é apresentada como uma série de fragmentos mais ou menos isolados, a relação entre a professora e as alunas não é levada a um ponto em que fiquemos com uma sensação de conhecimento ou cumplicidade, a relação entre as amigas (alunas) idem, a relação entre os professores idem…
A sensação com que fiquei é que resolveram pegar numa série de clichés e factos sobejamente conhecidos e enfiá-los num filme, seja lá como for, na esperança que um monte de mensagens já mais do que conhecidas e massacradas na cabeça das pessoas fizesse ressonância algures no seu subconsciente e que estas considerassem o filme como algo de maravilhoso e revelador. Mas não foi feito nenhum esforço válido para dar substância ou suporte a qualquer uma dessas mensagens.
Enfim, acho que sou demasiado exigente (leia-se esquisito), mas eu já vou tão pouco ao cinema que me chateia um bocado quando apanho coisas destas…