Foi ontem o concerto da Suzanne Vega na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.
Antes de mais convém esclarecer que foi a primeira vez que eu fui ver Suzanne Vega ao vivo e, por isso, não posso comparar com os concertos anteriores, nomeadamente com o famoso concerto no CCB que toda a gente diz ter sido fabuloso.
Quanto a este concerto, e tendo em conta que eu fui grande fã de Suzanne Vega mas que deixei de seguir a sua carreira há já uns bons anos, fiquei bastante satisfeito.
Ela começou o concerto com músicas antigas (e que, portanto, eram minhas conhecidas) tipo Marlene On The Wall, Small Blue Thing, etc (aparentemente uma abertura habitual nos seus concertos, pelo que me disseram), passou para o novo disco e depois voltou às antiguinhas, cantando inclusivamente músicas pedidas pela assistência.
Apesar de já não ouvir os seus discos há algum tempo ainda conhecia perfeitamente quase todas as músicas dos seus dois primeiros álbuns -Suzanne Vega(1985) e Solitude Standing (1987)- aliás, o meu LP (sim LP, lembram-se do que é isso?) do Solitude Standing já está tão fritado que mal se consegue ouvir! :)
O concerto começou pouco mais de meia hora atrasado (suspiro…) e as pessoas reagiram bastante mal, com umas vaias ao início. É curioso ver o público português a reagir aos atrasos nestas coisas, geralmente as pessoas são dóceis como cordeirinhos.
Bom, mas apesar disso os músicos conseguiram superar a recepção e começaram com força o concerto.
Com um total de 4 músicos (A Suzanne, o baixista habitual –Mike qualquer coisa–, um guitarrista e um baterista) o palco estava bastante simples e espaçoso.
Tal como o palco, o concerto foi bastante simples, sem grandes efeitos especiais ou sonoros, embora as luzes estivessem apontadas directamente para os olhos da assistência durante grande parte do espectáculo (hint, hint: DON’T DO THAT!!).
Como seria de esperar estamos a falar de músicos a sério e em termos de performance o concerto foi muito bom, as músicas saíram muito fluídas, com um som razoável (excepção feita à guitarra e, por vezes à voz) e foram umas boas duas horas de entertainment.
Tivemos 3 encores e, pelo que a organização disse depois, eles estavam com 3 horas de sono na noite anterior e por isso estavam um pouco cansados, o que pode ter limitado um pouco a duração do espectáculo.
No final gostei muito do concerto. Foi muito agradável assistir a um concerto assim calminho, com um tipo de músicas bem diferentes do tipo de concertos a que costumo assistir, mais para o acústico (em estilo apenas, o concerto não foi acústico!) e com músicos bons e sem grandes pretensões.
A simplicidade de todo o espectáculo soube muito bem e a rapariga (que já não é assim tão novinha como isso, mas enfim :) ) continua a compor e interpretar muito bem. Gostei! Ah, claro, e já agora parabéns Hugo e obrigado pelo convite para ir ao concerto! :)