Quem inventou o termo “montanha russa emocional” teve realmente um rasgo de inspiração raro. O termo é perfeito e descreve absolutamente o estado.
E o pior é que quando uma pessoa é apanhada numa dessas não há grande coisa a fazer a não ser agarrar-se ao (pouco) que a consiga prender dentro do carrinho, fechar os olhos e gritar. Gritar até ficar anestesiado.
Depois é só esperar que a viagem termine e rezar a todos os santinhos para não acabar num sítio ainda pior.
Mas o que não se deve fazer, em circunstância alguma, é cair na malvada tentação de acreditar que se pode refazer o que foi irremediavelmente desfeito (ou, pior ainda, tentar fazê-lo). Isso dá direito a uma descida brutal, daquelas em que o estômago fica lá em cima e que parece que nunca mais nos vai apanhar e ainda por cima , como estávamos distraídos a pensar/fazer coisas estúpidas, nem sequer nos agarrámos bem e vamos assim, completamente desamparados, em direcção ao chão.
Nestas alturas a palavra optimista toma um outro significado – estúpido.
E potencialmente, um estúpido esborrachadinho no chão.
Odeio alturas. E não faço a mínima ideia de quanto tempo a viagem dura.