Mais uma receita fácil, para principiantes quase completos (como eu).
Desta vez a receita foi inventada um dia que estava a olhar para o que tinha em casa para fazer o jantar. É rápida de fazer e embora eu liste os ingredientes que utilizei, é muito fácil alterar para incluir o que houver à mão.
Também foi uma óptima maneira de estrear o meu wok novinho em folha! :-) Mas é óbvio que pode ser feito em qualquer outro utensílio do género.
A quantidade que fiz foi para um. Ou melhor, deveria ter sido, mas não se pode dizer que tenha acertado muito bem com as quantidades e acabei por comer por dois!
Ingredientes
- Massa chinesa com ovos
- Cogumelos frescos
- Um ovo
- Toucinho fumado cortado em pedaços
- Óleo de cozinhar (penso que óleo de amendoim será o melhor, mas à falta desse o óleo Fula serviu-me muito bem)
Confecção
Bater um ovo para fritar mais tarde.
Lavar bem os cogumelos e cortá-los em lâminas.
De seguida dar-lhes uma entaladela no wok (esta é uma descoberta recente minha: dar uma entaladela nos cogumelos significa passá-los numa frigideira –ou semelhante–, com algum sal, até eles perderem a sua água), com cuidado para não abusar do sal!
Pôr os cogumelos de parte, deitar algum óleo no wok e deixar aquecer bem.
Fritar um pouco o toucinho fumado, fazendo-o perder um pouco da sua gordura e colocar de lado, junto dos cogumelos (retirando com cuidado de modo e evitar levar óleo junto).
Deitar o ovo no wok e mexer rapidamente, garantindo que ele fica todo “desfeito” em pedaços.
Retirar cuidadosamente os pedaços de ovo (para evitar levar óleo) e colocá-los junto dos cogumelos e do toucinho.
Entretanto (ou depois de tudo o que se fez acima, caso seja muito complicado estar a fazer tudo ao mesmo tempo –eu declaro-me culpado!) ferve-se água suficiente para cobrir toda a massa que se quer fazer e enquanto ela ainda ferve despeja-se por cima das massas.
Espera-se 5 minutos (ou o tempo indicado no pacote, mas geralmente é muito pouco), mexendo com um garfo no final, para ajudar a desembaraçar, até ficarem al dente.
Passado este tempo, escorre-se bem as massas e, enquanto elas escorrem, aquece-se de novo o óleo e coloca-se as “coisas” no wok para fritarem mais um pouco em conjunto (se não se tiver deixado arrefecer muito os ingredientes não é necessário dar muito tempo a esta fritura).
Quando as massas estiverem bem escorridas e as “coisas” quentes no wok, acrescenta-se as massas ao wok e deixa-se fritar (sim, é suposto fritar as massas) mexendo sempre muito bem.
Remexer e misturar o melhor possível, evitando partir a massa toda.
O “truque” de misturar tudo atirando a comida ao ar dá um aspecto de “cromo da cozinha”, é muito giro e ajuda realmente a misturar melhor as coisas, no entanto se por azar se falhar a recepção, pode correr muito mal e dar aso a uma bela noite de limpezas, a tentar lavar o óleo que saltou para todo o lado.
Com o wok a coisa é mais fácil e eu, até hoje, não tenho experiências negativas com esta brincadeira, mas tudo depende da coragem e jeitinho de cada um.
Eu avisei! ;-)
Quando a massa estiver dourada e/ou estivermos fartos de mexer, pode-se acrescentar um pouco de molho de soja (cuidado que o prato já deve ser algo salgado, não abusar deste molho) ou, no meu caso e porque não tinha molho de soja, um pouco de Worcestershire sauce (vulgo “molho inglês”) serviu perfeitamente –como disse no início, isto foi inventado com o que tinha à mão…
Servir.
Comer.
E, se tudo correu bem, o prato deve ficar bem limpo.
Finalmente, para acompanhar eu pessoalmente recomendo um chá forte (pois o sabor destes ingredientes é também bastante forte). No meu caso um Assam bem escuro caiu muito bem.
Todas as fotos podem ser vistas aqui no flickr.